CriançasEspeciais.EglyFreitas.ElizabethVaz

PAIS FRENTE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADE EDUCACIONAIS E ESPECIAIS NAS ESCOLAS DE ENSINO REGULAR
                                                                             
                                                                      EGLY DA COSTA FREITAS[1]

                                                                                  ELIZABETH DOS SANTOSVAZ[2]                                                                                                                                            
RESUMO
         
       Este trabalho de pesquisa bibliográfica tem o objetivo de nortear a gestão na motivação e analisar a inclusão escolar e seus benefícios para a sociedade. Levando em consideração a importância da participação dos pais na escola inclusiva e quais os motivos que dificultam a não participação dos pais no processo de inclusão educacional e destaca a  necessidade       de
profissionais com formação para atuar na docência. Diante do novo paradigma educacional que contempla a inclusão, todas as escolas devem aceitar alunos que tenham Necessidades Educacionais e Especiais, diante deste cenário exige uma nova postura dos educadores referente à educação, que estes estejam preparados para aceitarem em suas salas de aula alunos diversificados tanto no processo de ensino ou em suas debilidades físicas ou em suas limitações de potencialidades. Visto que nesta nova etapa, os educadores precisarão de todo apoio do corpo técnico pedagógico,administrativo e de apoio e também do apoio incondicional dos pais onde os deve estar compromissados      no  acompanhamento      cognitivo do   aluno   de  Necessidades Educacionais ou Especiais para e todos os outros além dos amigos da escola, afinal não se pode falar em educação sem que todos estejam trabalhando munidos num mesmo espírito, numa equipe onde priorizem o aluno colocando o, como protagonista da história, desta forma haverá sucesso na aprendizagem dos alunos, pois sentirão motivados a desenvolverem suas habilidades da melhor forma.
Palavras-chave: Inclusão. Legislação; Participação; Compromisso. Equipe
                
 INTRODUÇÃO

        Os ideários democráticos de uma educação inclusiva remetem à possibilidade da ruptura com uma educação tradicional e excludente para a formação da sociedade que respeita, valoriza e aceita as diversidades.
        A partir de um determinado período da história emergiram novas mudanças com relação aos direitos dos Programas Nacionais de Educação, garantindo as crianças com necessidades educativas especiais oportunidades de participação no processo educacional regular e inclusão no contexto social.
        Na defesa de um ensino voltado para a inclusão de qualidade surgem diversos estudiosos que conceituam a inclusão de maneira critica em relação das atividades da sociedade.Voltados para a educação inclusiva, esses autores focalizam a importância das transformações de idéias, atitudes e da pratica das relações sócias, tanto no âmbito político, no administrativo, como no didático-pedagógico. Propõe a essa nova sociedade uma conscientização de que as diferenças fazem parte de cada individuo e devem ser respeitadas.
        O objetivo do presente estudo é descrever sobre o processo de inclusão de alunos comnecessidades educativas especiais e destacar a importância da participação dos pais destes alunos no processo de ensino, apresentando um histórico a respeito da educação especial bem como o desenvolvimento de idéias de autores e pesquisadores sobre o processo de inclusão e trata-se de um trabalho de metodologia bibliográfica.
        Nesta proposta inclusiva faz-se necessário o envolvimento e participação dos pais, na colaboração para os desenvolvimentos intelectuais, emocionais e cognitivos dos Programas nacionais de Educação. É fundamental que esse grupo tenha conhecimento tanto de como se relacionar com a criança, como dos seus direitos legais.
Um bom relacionamento entre pais e profissionais acrescenta-se na qualidade de ensino, pois estarão inteirados das dificuldades e necessidades do educando, norteando caminhos para a construção de uma aprendizagem significativa.
       Esta artigo divide-se em quatro capítulos, no qual o primeiro capítulo aborda a inclusão e a escola inclusiva, como ocorre o processo de inclusão no âmbito educacional, quais são as leis que garantem os direitos das pessoas com necessidades educacionais especiais e as idéias sobre o assunto do ponto de vista de diferentes.
       O segundo capítulo expõe a importância da participação dos pais na escola inclusiva, mostrando como acontece o envolvimento dos pais e da comunidade nessa nova proposta, o que deve ser feito para facilitar a socialização de crianças com necessidades educacionais especiais na comunidade, e como pais e profissionais da educação podem ajudar essas crianças.
        No terceiro capítulo, são explicitadas as dificuldades encontradas pelos pais a participarem da escola inclusiva, e a falta de conhecimento a respeito do tema “inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais”.
        No quarto capítulo, faz-se a apresentação de métodos que podem facilitar a aproximação dos pais com a instituição educacional, também como sua participação na elaboração de projetos viáveis e necessários na construção da escola inclusiva.
       Para a inclusão escolar realmente acontecer é necessário um refazer das práticas pedagógicas, voltando-as na construção de uma pedagogia na qual demonstre de forma explicito as diferenças vista de maneira positiva, pois essas diferenças deixam de ser um problema e passam a ser vista como uma ornamentação da humanidade.
                                     
1-BREVE HISTÓRICO DA INCLUSÃO NO BRASIL.

          A educação inclusiva no Brasil iniciou-se quando o país ainda era governado pelo Imperador D. Pedro II, com a fundação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos em 12 de Outubro de 1854, no Rio de Janeiro.
          As pessoas com Necessidades Educacionais Especiais passaram a serem considerados como cidadãos brasileiros a partir de 1948, dando origem a primeira diretriz política com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, dando a todo ser humano o direito a educação. Mesmo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ainda na década de 60 o poder público não se responsabilizava à Educação Especial, e isso resultou no fortalecimento da educação dá iniciativa privada sob a legislação no. 4024/61de 20 de Dezembro de 1961, no seu artigo 89. Para Rodrigues - [et. Al.] (2005 p. 20) assim o descreve:
                                   Toda a iniciativa privada considerada eficiente pelos conselhos estaduais  de educação e relativa à educação de excepcionais receberá dos poderes públicos ratamento especial mediante bolsa de estudo, empréstimo e  subvenções.

          Dando um salto importante à questão da deficiência do campo da saúde ao campo educacional por meio das ONGs, como a sociedade Pestalozzi, a Associação de Assistência de Crianças Defeituosas (AACD) e a Associação de Pais e Amigos do Excepcional,(APAE).
           Na década de 80 em uma Assembléia Geral das Nações Unidas foi criado um programa de ação mundial em benefício das pessoas deficiente o qual recomendava que o ensino de pessoas deficiente devesse ocorrer no sistema escolar normal. NoBrasil com a nova constituição promulgada em 1988, garantiram-se o atendimento as pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, dando prioridade na rede escolar de ensino. Nos anos 90 é aprovado o estatuto da criança e do adolescente, dando ênfase ao atendimento educacional especializado para o ingresso dos alunos especiais na rede regular de ensino.
       A partir daí, as instituições escolares se encontram frente ao desafio de desenvolver uma pedagogia capaz de educar com êxito a todas as crianças, até mesmo aquelas com deficiência mais graves; atendendo a todos, já que as diferenças humanas são naturais, havendo, porém a necessidade de adaptar a aprendizagem a cada criança.
       Mantendo-se a posição em defesa dos menos favorecidos. Com isto contribuí-se para o reconhecimento dos direitos humanos, e dos princípios de igualdade e equidade.
        E a atual Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, lei no. 9.394/96, a Leimaior da educação brasileira, regência - se de acordo com a Legislação Federal, e trata, especificamente, no capítulo IV, da Educação Especial, define que ”A oferta de educação especial é dever constitucional do Estado tem inicio na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil”. (LDB, ART. 59, § 3o).
       As Leis de Diretrizes e Bases da Educação define-se que a educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para pessoas com necessidades educacionais especiais desde a educação infantil ao ensino superior. “Os parâmetros definidos deste projeto de lei colocam, objetivamente, a educação especial no contexto da educação escolar. A sua operacionalização deverá assegurar a coerência com os princípios definidos”. (MAZZOTA 2005, p.89).
       Para que haja uma boa integração na educação especial é de fundamental importância que tenhamos um ambiente adequado, ou seja, adaptados para receberem alunos com diversidades físicas e também é relevante que os professores desenvolvam a habilidades, formação necessária para atuarem na inclusão da educação especial e que assim possam atuar com louvor nesta modalidade de ensino. Essa formação é descrita nas Leis de Diretrizes e Base da educação no art.59:
                                      III - Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para   atendimento especializado, bem como professores do ensino        regular capacitado para a integração desses educandos nas classes  comum.
       Lembrando ainda que os elementos da organização da educação escolar (comum ou especial) são relevantes destacar como fundamental o professor, que este garanta se uma posição social e intelectual com responsabilidade pública como educador, para que assim possa ter uma escola que seja uma ambiente de construção da cidadania.

1.1              LEGISLAÇÃO PERTINENTE À INCLUSÃO NO BRASIL

       A legislação no Brasil sofreu por muito tempo diversas modificações e transformações na busca do bom atendimento social, principalmente no âmbito educacional, por meio de diversos movimentos sociais em prol de uma sociedade menos preconceituosa, discriminadora, racista e exclusiva, buscando-se cumprir as determinações legais das leis vigentes do Brasil, pois a legislação pertinente à inclusão no Brasil está devidamente amparada pelos órgãos mais competentes do Estado.
       De acordo com a Constituição Federal, no, entre as atribuições do Estado, isto é, do Poder Público a responsabilidade definida que o “atendimento educacional especializado aos alunos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino”. (ART. 208, inciso III). Perante a lei todos são iguais sem distinção alguma, os cumprimentos destes direitos pertence à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e principalmente a família.
       Em termos educacionais tem-se a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 a qual deriva da Constituição Federal, e a mesma que fez a alteração da   terminologia   “portadores      de    deficiência”    para   “educandos necessidades especiais” no ano de 1997. 
No seu artigo 4° inciso III, a LDB diz que o   dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de “atendimento educacional especializado gratuito aos educando com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino”. Para que a inclusão realmente aconteça na escola, é necessários que se tenham profissionais habilitados e que desenvolva diferentes metodologias de trabalho para assim atendendo cada aluno a superar sua dificuldade. No capítulo V da LDB, voltada à educação especial diz que: “Haverá quando necessário serviço de apoio especializado na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial”. (ART. 58 parágrafo 1°   ).
       Toda escola tem que preparar os alunos para a inserção social, transmitindo-lhe conhecimentos necessários para que possa fazer parte de uma comunidade, ter uma consciência crítica, uma opinião formada e sejam capazes de adquirir um bom emprego. Para garantir uma condição de trabalho melhor para os Alunos com Necessidades
Educacionais Especiais, a LDB no seu artigo 59 inciso IV define:
                      Educação especial para o trabalho, visando à efetiva integração na vida  em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem   capacidades de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade  superior nas áreas artísticas; intelectual ou psicomotora.
      
            Vê-se que neste novo paradigma “inclusão”, o mundo da educação tomou conhecimento de um novo caminho para uma escola de qualidade e verdadeiramente aberta para todas as pessoas. E o Brasil já começou a buscar o seu caminho, mesmo com pouca ajuda técnica ou financeira, porém com grande determinação por parte de muitos diretores, profissionais, pais, assim como do Governo Federal. Rodrigues (2006, p.168) destaque que:
                                      Incluir é garantir uma educação de qualidade para todos é hoje, o fator mais importante na redefinição dos currículos escolares em assumir um sistema   educacional especial, para  todos os alunos. É neste contexto que atuais políticas  públicas de educação se inserem.
      
Os resultados desta legislação ainda são pequenos no Brasil, porém há um visível o crescente movimento da inclusão, por parte de alguns setores da sociedade (escolas, associações, empresas, órgãos governamentais, instituições especializadas, mídia e outros) aos princípios da inclusão social.

1.2              CONCEITUAÇÃO SEGUNDO DIVERSOS AUTORES

       Com as modernizações científicas, tecnológicas e sociais, viu-se necessário de criar meios para a busca da inclusão, pois muitas pessoas da sociedade sofreram e ainda sofrem com a exclusão social. Com este rápido avanço das ciências, da metade do século XIX, podem se entender os reais motivos que levaram as alterações físicas, motoras, psicológicas de algumas pessoas, atribuindo a problema biológico e possibilitando o tratamento e atendimento de diversos casos que iam surgindo, com início no campo da medicina e se estendendo ao educacional, psicológico e social. Diante do ponto de vista, Freitas -[et. al.] (2005, p. 14) afirmam que:
         A inclusão é a construção de um movimento social que envolve o  comprometimento e a participação social e coletiva, tanto da parte política governamental nas suas esferas administrativas, da emancipação dos direitos humanos, da oportunidade a todos os cidadãos de participarem do processo produtivo da sociedade e do rompimento dos preconceitos.

       A sociedade convive com diferenças, cada cidadão, tem uma altura, um peso, um sexo, uma condição social, uma cultura, etc., atualmente uma das grandes preocupações sociais é fazer com que as pessoas diferentes façam parte da sociedade. Esse é um desafio bastante ambicioso para uma sociedade altamente individualista, e nesse contexto a escola não se constitui de maneira diferente. “Que se não forem respeitadas, acolhidas e atendidas em suas diferenças, jamais farão da escola um dos possíveis espaços em que o exercício de uma Política Inclusiva contribua com uma construção de uma sociedade mais justa”. Pois a escola sofre pressões para acompanhar a diversidade da clientela cheia de especificidade, no que refere-se a educação inclusiva. E de acordo com Feltrin apud Marchesi, (2004, p.88):
              A educação inclusiva descreve o processo através do qual a escola tenta  responder a todos os alunos enquanto indivíduos, reconhecendo e estruturando  a sua organização curricular e a provisão e utilização de recursos para melhorar   a igualdade de oportunidades. Através desse processo a escola constrói a sua   capacidade de aceitar todos os alunos que desejam freqüentar, proveniente da comunidade local e fazendo isso reduzir a necessidade de excluir os alunos.

            Então a escola inclusiva é aquela que conhece cada aluno, respeita suas potencialidades e necessidades, e a elas responde, com qualidade pedagógica                                                                                   contando com a participação nesse cenário educacional com os gestores, professores, familiares e membros da comunidade na qual cada aluno vive.
       Pois a inclusão de crianças com Necessidades Educacionais Especiais produzem impasses no cotidiano escolar e exige um constante repensar das práticas pedagógicas. O desafio que confronta a escola inclusiva é no que se trata ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança é capaz de educar todas as crianças incluindo aquelas que possuam desvantagens severas, o qual implica um princípio fundamental que todas as crianças devem aprender juntas sempre que possível independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter no que se diz respeito, são essenciais à dignidade humana e usufruir o exercício dos direitos humanos. O objetivo primordial da inclusão é de não deixar ninguém fora do ensino regular, desde o começo. Para essa educadora, na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: “Respeitar as diferenças sendo o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa”.
       Complementando acima, a inclusão possibilita todas aquelas pessoas que sofrem com discriminação, tanto pela deficiência, racismo e classe sociais, a ocuparem seus espaços na sociedade, desenvolvam suas habilidades e capacidade na construção de um mundo melhor, que todos os cidadãos sejam respeitados valorizando pelo que ele é e o que pode ser.

1.3              CARACTERÍSTICAS DE UMA ESCOLA INCLUSIVA.

       A inclusão escolar é uma inovação educacional que propõe a abertura das escolas as diferenças, partindo do pressuposto das diferenças de capacidades e aprendizado dos alunos, contando com participação efetiva e ativa dos profissionais que permeiam o âmbito escolar. Toda instituição escolar, em vez de ficar alegando falta de estrutura física pedagógica deveriam rever os seus conceitos e recriando suas práticas, mudando suas concepções, revendo seu papel, reconhecendo e valorizando as diferenças. Como todo ambiente escolar inclusivo, a escola deve dar liberdade aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais de ampliar suas habilidades e competências intelectuais.
       A acessibilidade física é um dos primeiros requisitos para a universalização do ensino, já que ela garante a possibilidade, a todos, de chegar até a escola. Toda escola deve adaptar-se tanto no ambiente interno como externo.  Para que uma escola seja realmente inclusiva não basta ter apenas a acessibilidade atendendo as necessidades físicas de cada aluno, precisa-se de um projeto pedagógico que procura responder de forma eficiente e com alta qualidade, a
diferença em todas as formas que ela pode assumir.
       O exemplo de projetos educacionais voltados para a inclusão escolar tem-se, o Projeto Político Pedagógico que é um instrumento teórico metodológico, definidor das relações da escola com a comunidade, tendo a finalidade de conhecer o que se vai fazer para quem se vai fazer e como se vai fazer. Um elo entre a política educacional do município e a população, prática que favorece o processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças e adolescentes da comunidade, pois a construção da escola inclusiva exige mudanças de ações reflexões.
       Outra característica de uma escola inclusiva é que a diferença entre os alunos e outros membros escolares, é reconhecida como fonte de capital da aprendizagem e não como um problema, valorizando-se as diferenças e não fingir que elas não existem.
            Neste contexto o educador é facilitador da aprendizagem e não transmissor de conhecimento. Ficando responsável pela organização do ambiente escolar selecionando os recursos necessários para um bom desenvolvimento na prática pedagógica do ensino aprendizagem. Nesta escola, incentiva-se a cooperação, o qual um aluno ajuda o outro, diminuindo a competição na escola, não existindo o vencedor e nem o perdedor. Na descrição de Aranha (2004, p.9), afirma que:
                    A construção de uma escola inclusiva implica em transformações no  contexto educacional: transformações de idéias, de atitudes e da prática das  relações sociais, tanto no âmbito político, no administrativo, como no didático pedagógico.
       A inclusão escolar promove no seio da escola a socialização harmônica entre os, familiares e profissionais da educação superam os preconceitos valorizando o ser humano apesar das diferenças. Complementando em consonância desta concepção “(...) numa escola inclusiva a harmonia não pode ser identificada como uma paz contínua ou uma calmaria constante, mas como um padrão ético de conduta e de relacionamento, com base no diálogo e na busca de compreensão entre as pessoas”. (Rodrigues, 2005, p.91): numa escola inclusiva tem como fundamento o respeito todos os membros da comunidade, seja ele adulto jovem e idoso, acolhendo-os e fazendo deles membros dela. Mas como toda comunidade tem seus líderes à escola inclusiva, também tem seus responsáveis pelo bom funcionamento da escola, que são os professores, gestores, familiares e membros da comunidade. A liderança de uma escola determina na sua prática educacional as melhores rotas a seguir como também o destino para onde a escola deve ir. De acordo com Rodrigues - [et. al.] apud. (2005, p. 86):
                                   A administração local e a Direção podem ser significativas quanto a fazer  com que as escolas respondam o melhor às crianças com necessidades educacionais especiais, desde que a elas sejam fornecidos autonomia e     treinamentos adequados.
        Um dos aspectos a serem considerados, é a qualificação desses profissionais para que o aprofundamento do processo da inclusão seja efetuado. Além da qualificação, os educadores têm que ter responsabilidade e compromisso para o avanço desta reforma educacional. O professor é o responsável pela aprendizagem do aluno, incentivando-o na busca de novos conhecimentos e de informação cabendo-lhe o papel de conduzir e de acompanhar o aluno para o seu bom desenvolvimento e autonomia na sua aprendizagem. Os educadores sofrem porque essas capacitações ainda não são suficientes para atender as necessidades educacionais especais dos alunos. Segundo Feltrin (2004 p. 87):
       Hoje, a escola, para caminhar no rumo de uma verdadeira inclusão deve ter compromisso com a mudança. Isso quer dizer que deve ser revisto os valores, normas, modelos de aprendizagem, atitudes de professores, relações interpessoais existentes, expectativas, a participação dos pais e dos alunos, a comunicação entre todos os elementos da comunidade educativa.
        Assim sendo, para que toda escola seja inclusiva, todos os seus membros precisam ter consciência dos objetivos a qual a escola se propõe e depois realizar as mudanças a partir de sua própria realidade e o educador busque renovar sua prática e formação continuar para assim poder subsidiar sua prática cotidiana em sala de aula.
                                
2.                  A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS PAIS.

            A comunidade local  e os pais são elementos essenciais na proposta educação de qualidade, constituindo a engrenagem que compõe e movimenta para chegar a excelencia. Na escola moderna onde exerge a democracia as comunidades interna e externa  em especificamente  os pais têm que conhecer e  reconhecer a importância de seu papel no processo   educativo. Neste processo   tem como alvo a participação dos mesmos, pois através do envolvimento poderá conhecer a  história das pessoas que fazem parte da clientela da escola, podendo assim colaborar na educação dos seus filhos e no processo de ensino aprendizagem.                                                                                                                            A escola deverá demonstrar o interesse e a valorização do processo de conhecer sua  clientela e transmitir a necessidade coletada e junto com a comunidade externa e interna  tomar decisões para solucionar ou simplesmente para entender a carencia em determinadas áreas para  fazerem projetos que seja desenvolvido pelos docentes que conduz o desempenho escolar.
       A comunidade escolar juntamente com os pais deverá criar oportunidades para que os pais conheçam os colegas de seus filhos, através de eventos, para oportunizarem-lhes a socialização sem exclusão, ignorando todas as diferenças, fazer com que os alunos de Necessidades Educacionais e Especiais, sintam que fazem parte desta sociedade. Levá- los a conhecerem e compreenderem os motivos da inclusão.
       Vale dizer que muitos pais que têm filhos com necessidade especiais acabam escondendo  seus filhos da comunidade, por terem vergonha ou medo de que eles sejam ridicularizados, perante as pessoas.                                                                                                                                 A partir do momento que os pais passam a compreender as necessidades especiais de seus filhos, ampliam sua visão para uma nova realidade, modificando atitudes discriminatórias, tornando-se agentes da inclusão e transformando sua comunidade mais acolhedora.
       A escola deve promover  informações  através de palestras, filmes, teatros com intuito  de  demonstrarem  por estes meios,  atitudes positivas  no enredo, dando dicas da relevância dos pais tirarem  um tempo, um espaço para a criança poderem brincar,ou seja, esse  tempo podendo ser  no final de semana para passear estando  presentes no dia-a-dia deles, isso porquê os pais  são os núcleos primordiais, é o lugar da procriação e do desenvolvimento do indivíduo na formação da personalidade e do carater onde refletirá ao  constituir-se, por último, na célula primaria da sociedade. Pode se destacar que “Um filho portador de deficiência pode transformar-se em passaporte de saída da mediocridade perante o mundo, passaporte que não é fácil rasgar. Logo esse filho se torna um objetivo de vida e de fé no vazio da vida cotidiana”. (BENENZON, 2001 p. 88-89):
 A participação da comunidade se faz na vida cotidiana da escola também através de parcerias, convênios, projetos, o qual implicará o envolvimento no processo educativo,no desenvolvimento e na formação da personalidade., tendo aceitação das diferenças na aceitabilidade de pessoas com necessidade educacional e Especial, promovendo afetividade com relação à escola, assumindo responsabilidade em relação ao processo educacional de seus filhos tornando-se membro afetivo da comunidade escolar. Os pais devem participar mais nas atividades educacionais em casa e na escola observando as técnicas efetivas e aprender como organizar atividades estralasse como suporte e apoio à aprendizagem de seus filhos.

        A instituição escolar é responsável em promover reuniões com os pais no esclarecimento das dificuldades e capacidades dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais, dando-lhes a oportunidade de serem membros da Associação de Pais e Professores ou do Projeto Político Pedagógico da escola. Quando os pais se tornam membros efetivos da instituição educacional, podem convidar outros a participarem da inclusão no contexto social. Conseqüentemente a participação dos pais e da comunidade na escola inclusiva, contribui nas realizações dos objetivos da inclusão. Conforme Stainback (1999, p. 222):
                                      Professores, pais alunos nas escolas inclusivas têm conscientemente declarado em entrevistas, em apresentações de conferências e em várias publicações que uma razão importante para o sucesso desta escola é o envolvimento dos alunos, professores, especialistas e pais trabalhando em colaboração.

      Para que haja uma educação comprometida com a inclusão é relevante que trabalhe em comunidade dando apoio em todos os âmbitos necessários (sejam eles alegres ou não, incluindo o respeito à individualidade), para poderem contribuir cada um com seus dons e aptidões voluntariamente, para que assim haja um trabalho em equipe com amor e respeito à individualidade de cada ser.
                                                                                                
2.1 PROCEDIMENTO ATITUDINAL QUE OS PAIS DEVEM TER PARA A SOCIALIZAÇÃO  DAS       CRIANÇAS   COM    NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS.
      
            Toda família deve promover momentos de socialização, especialmente as famílias que tem filhos com necessidades educacionais especiais, levando-os a participarem de todos os lugares da comunidade, ensinando a encarar as dificuldades do dia-a-dia.
        É fundamental que os pais dialoguem com as crianças trocando idéias, incentivando-os e permitindo que elas participem de brincadeiras com amigos da vizinhança e colegas, aprendendo conviver no meio comunitário e respeitando seus limites e dos seus amigos, e com isso superando as dificuldades de se relacionar com os outros. Os pais devem estar inteirados dos direitos legais dos seus filhos para que eles não sofram discriminação das demais pessoas podendo participar de projetos, eventos, concursos, etc., ou seja, de se integrarem na sociedade.
        Tendo essas atitudes os pais estarão facilitando a inserção de seu filho na escola inclusiva e desenvolvendo as capacidades e habilidades das crianças, ajudando-os a superar as dificuldades e aplaudindo os progressos de socialização o qual contribui na aprendizagem. De acordo com a concepção de Szymanski (2006 p. 37):
                                   Os pais também devem estar atentos nas atitudes que favorecem o  sucesso dos filhos como: fale bem da escola para criar em seu  filho uma  expectativa positiva em relação a escola, abrace-o e deseje coisas boas a ele quando estiver de saída para aula, conheça o professor e converse com ele sobre a criança e o trabalho dela na escola, comente com amigos e parentes os êxitos escolares dele, por menores que sejam para reforçar a auto-estima e a  autoconfiança, conheça a família dos alunos e o entorno da escola e aceite as  diferentes formas de arranjos familiares.
        As atitudes positivas acompanhadas com ética fazendo parte do cotidiano da escola são relevantes para a mesma conseguir sucesso em seus projetos educativos priorizando a participação ativa entre o corpo administrativo, técnico, pedagógico, pais, aluno, amigos da escola, ou seja, englobando a comunidade geral no desenvolver do processo educativo da inclusão. Como diz: “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesma, os homens se educam entre si, mediantizados pelo mundo”. Paulo Freire (1987 p. 68).
       Diante do exposto vê-se a necessidade da escola trabalhar de maneira que contribua para as pessoas com Necessidades Especiais ou Educacionais se relacionarem no ambiente escolar sentindo o respeito e igualdade e preparando as para a inclusão numa sociedade despreparada para conviver com as diferenças; isto o contribuirá no desenvolvimento cognitivo, formação da personalidade e a elevação de alto estima (com sentindo que são capazes de superar as diferenças).

2.2 RELAÇÕES DOS PAIS E DOS PROFISSIONAIS COM A CRIANÇA NA ESCOLA.

       Para que todo processo de ensino aprendizagem seja bem sucedido, é necessário um bom envolvimento das diferentes partes que compõe o todo (pais / profissionais), garantindo o bom desenvolvimento da criança na escola. Desse ponto de vista no processo de inclusão escolar, pais e educadores devem acompanhar a criança de uma maneira especial possibilitando um construtivo confronto com as próprias deficiências.
        Na maior parte dos casos que envolvem alunos de Necessidades Educacionais Especiais, diversos pais depositam confiança nos profissionais da educação, achando que eles estão preparados para sanar todos os problemas que permeiam a instituição educacional. É preciso que os pais saibam que para a inclusão acontecer, é necessário o envolvimento das famílias no processo de mudança, uma vez que a formação do cidadão inicia-se em casa. A partir do convívio familiar que se constituem valores, hábitos e idéias a respeito das coisas e do mundo que a cercam, aprendendo a se socializar com os outros. Os pais e as pessoas com deficiência são os agentes da inclusão, tendo um papel crucial na formação da criança sem discriminação ou preconceito pela diferença ou deficiência apresentada por cada um.
            Muitos pais não sabem o que fazer quando se depara com um filho com necessidades especiais e nem decidir o que é melhor para os filhos, deixando-o á cargo de professores, médicos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas da área. Dessa forma a relação dos profissionais com os familiares deve ter um interesse mútuo na busca do atendimento das necessidades especiais da criança. No desenrolar das atividades de acompanhamento das crianças as decisões a serem tomadas como os objetivos a serem alcançados devem ser discutidos entre todos envolvidos. É de responsabilidade dos profissionais manterem os pais informados sobre o que pode ser feito e o que acontece com a criança, sendo os pais incumbidos de decidir o que fazer a partir do que é transmitido pelos profissionais criando uma relação voltada para o crescimento e desenvolvimento da criança que se encontra no centro das atenções nesse momento. Diante dessa importância Paula (2006, p. 25) afirma:
            Para se construir uma sociedade inclusiva é fundamental que as famílias tenham  autonomia para cuidar das questões relacionadas às necessidades  especiais  de seus filhos.Em uma sociedade inclusiva, as famílias de pessoas com  eficiência  devem estar presentes em todos os momentos, participar das decisões, fazer valer os seus direitos e    lutar por melhoras condições de vidapara todos.
        No acompanhamento realizado pelos profissionais os pais devem mantê-los informados sobre as dificuldades e avanços das crianças, sendo assim orientados e incentivados, da maneira mais correta para alcançar os objetivos traçados. Os pais esperam: compreensão, consolo, incentivo, momentos para descarregar sentimentos de culpa, palavra de esperança, pessoas que escutam e pessoas com quem dividir responsabilidade.
        Os profissionais esperam: interesse pelo programa, compreensão, informações corretas do que é realizado em caso com a criança, otimismo em relação ao tratamento e cooperação para o alcance dos objetivos.
        O sucesso do processo da inclusão escolar depende, em grande parte dessa cooperação dos pais com os profissionais que atendem as crianças.

2.3 A RELAÇÃO ENTRE PAIS E ESCOLA
                                                                                                  
       Os pais e a escola são fundamentais na educação de uma criança, sendo à base
da formação de um cidadão.
       Os pais, além de serem à base da vida de uma pessoa, são umas partes
importantes da comunidade escolar, eles devem não apenas ter conhecimento do que as escolas estão fazendo como também saber que o estão fazendo. É positivo que os pais reconheçam que são parte integrante e bem vinda da educação de seu filho e que eu envolvimento é valorizado.
       A escola é o segundo grupo que molda os discentes na construção do saber ela amplia todo e qualquer conhecimento que o discente traz de sua vida e experiência pessoal, social e cultural, faz com que os alunos superem o senso comum, do que já sabe em uma ou várias áreas do conhecimento. Conforme BATISTA, (2006, p.7),destaca que:
                             A escola é responsável pela vida particular e familiar para o domínio público, o conhecimento nela produzido é revestido de valores éticos, estéticos  e políticos ela precisa assumir um compromisso com as mudanças sociais, com o aprimoramento das relações entre os concidadãos, com o cuidado e respeito em relação ao mundo físico e aos bens culturais que os circundam. Ela tem um compromisso indispensável à educação, introduzir o aluno no mundo social,cultural e cientifico, e todo ser humano, incondicionalmente tem direito a essa introdução, sem exclusão.

       Este vínculo tem que basear se no respeito, ato que é necessário para derrubar o preconceito que impede uma convivência harmônica.
            Os pais que tem filhos com Necessidades Educacionais Especiais têm que sentir e estar envolvidos em todas as atividades da escola, participando de reuniões que discutem sobre a educação de seus filhos, ajudando com sugestões para a melhoria das condições das escolas. Sendo importante nesse vínculo que a escola respeite toda criança com seu jeito próprio de aprender, respeitando dessa forma seus interesses. “O segredo de uma boa relação é saber ouvir, respeitar as culturas e trabalhar junto”. (SZYMANSKI, 2006, p. 34):
       A escola para manter este contato tem que ser criativa, buscando meios pra o envolvimento dos pais como: chamar os pais não só para comparecer, mas também  para ajudar na organização das festividades escolares, abrirem à biblioteca, e a quadra de esportes para o uso dos familiares, promoverem palestras e debates que tenha como objetivo a formação dos pais, tratando de assuntos de interesse geral, como a inclusão, o preconceito, o racismo, drogas, etc., e deixar sempre os pais informados sobre o desempenho da classe e de seu filho na aprendizagem. Um outro aspecto fundamental é que a escola apresente aos pais seu espaço físico, se ela é adequada às necessidades dos alunos com deficiência e oferece recursos e equipamentos específicos para atender as necessidades educacionais das crianças. Os pais devem estar atentos a todas essas necessidades para proporcionar aos seus filhos uma educação de qualidade, adquirir conhecimentos e informações relevantes, favorecendo o desenvolvimento social pessoal e educacional de seu filho  com   necessidades
especiais.

2.4 SISTEMA FORMAL DE SUPORTE AO ACESSO DO MESMO DISPONÍVEL PARA O PROFESSOR.
      
            Todo professor necessita de suporte técnico-científico, como interlocutor em um processo de reflexão crítica sobre a prática cotidiana de ensino. O acesso a esse suporte precisa ser garantido pela escola, evitando assim, que dependa da iniciativa particular e do pessoal de apoio.
       O suporte para o professor de o ensino regular que recebe aluno com necessidade educacionais especiais, em sua sala de aula, deve ser ministrado pela coordenação Pedagógica (ou equipe técnica, quando contar com uma). A qual deve ter conhecimento dos conteúdos curriculares, dos métodos de ensino, dos recursos didático-pedagógicos e estimular a criatividade do professor. A coordenação Pedagógica devem ser ativa e participativa no cotidiano da sala de aula e das relações com a comunidade escolar interna e externa.
            É importante que o procedimento de acesso ao sistema de suporte disponível seja regulamentado na escola, para evitar que o professor tenha que buscar ajuda apenas por iniciativa pessoal.
            A busca por iniciativa pessoal sobrecarrega o professor, mas em contrapartida subsidia o em sua docência, já aquele que não busca essa iniciativa fica sem norte em sua prática educativa. No primeiro caso, se fortalece a cultura de que a busca de soluções para os problemas no ensino não é responsabilidade da gestão da escola, enquanto que no segundo, penaliza que o processo de aprendizagem e o alcance dos objetivos reais da educação de proporcionar aos educandos a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades visando a auto-realização, preparando para o exercício da cidadania, qualificação para o trabalho e prosseguimento de estudos, obedecendo as determinações da Lei de Diretrizes e Base da educação Nacional no 9394/96 de 23 /12/ 96 nos seus artigos 20o,22o, 25o, 32o e demais disposição vigente:
                                   Art. 20O -
A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios
                                   de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
                                   desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua  qualificação para o trabalho.
                                   Art. 22O
A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando,assegurar lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania        e  fornecer - lhe meios para progredir no trabalho e em estudo posteriores.
                                   Art. 25O  - Será objetivado permanente das autoridades responsáveis  alcançarem relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga    horária e as condições materiais estabelecidas.
                                   Art.32o  - 
O ensino fundamental com duração de mínima de oito anos sendo obrigatoriedade e gratuidade na escola pública.

              No entanto a escola tende a trabalharem todos munidos do mesmo espírito de equipe e coordenação para que assim possam cumprir sua missão, (de assegurar um ensino de qualidade, estimulando: a curiosidade, o raciocínio lógico, a imaginação, a emoção, incentivo a pesquisa, o hábito de leitura, a interação de professor e aluno, aluno e aluno, a permanência do educando na escola, a inclusão de alunos com necessidades especiais e educacionais), engajada assim na “utopia” busca de uma educação de excelência.
                                      
3- DIFICULDADES DOS PAIS AO ADENTRAR NA ESCOLA INCLUSIVA.
            Os pais ao adentrarem numa escola inclusiva deparam com alguns fatores predominantes que podem desqualificar a inclusão, insistem na superação destes desafios de rejeição, isto os torna mais fortes na defesa de seus direitos embasados na legalização de que “todos tenham acesso à educação de qualidade”, eles buscam apenas a inclusão escola regular, ansioso que seus filhos aprendam a ler e escrever e amedrontados com as causas que a diferença possa causar como: preconceitos e descriminação, mas diante deste cenário sabem que seus filhos precisam além do conhecimento vencer a barreira das diferenças e também da rejeição. Rodrigues (2005, p.199-200) destaca que:
                                    Que a maioria dos pais que tem filhos com necessidades educacionais  e especiais, não tem disponibilidade para acompanharem na escola o    desenvolvimento cognitivo de seus filhos, devido trabalharem, apesar de serem cientes da importância do acompanhamento neste processo, e  alguns não sabem como se integrarem devido à resistência de alguns educadores e o medo de seus filhos sentirem rejeição de algumas  crianças e por temerem devido a de seu filho com necessidade atrapalhar a aula.

            Apesar do desempenho dobrado de tarefas diárias de cuidados que alguns pais enfrentam com seus filhos com necessidades especiais é notável a medo e preconceito de alguns deles mesmo para a inclusão, deixando implícita a necessidade de um especialista na área de Necessidades Especiais, para orientarem os sobre como deverão agir em determinadas situações e momentos no processo de acompanhamento escolar de seus filhos.
            Em alguns pais por desconhecerem o que realmente é ou causas de uma pessoa com necessidades Especiais ou educacionais, encontram se nessas pessoas um sentimento como de culpa, renegação, inferioridade devido terem filhos com estas características e ainda deparam com despreparo de determinados professores para lidarem com as diversidades cognitivas e físicas apresentadas pelas crianças numa sala heterogenia, não pode deixar de incluir o espaço físico que infelizmente as escolas da região norte em sua grande maioria não estão adaptadas para receberem os alunos com necessidades físicas além da ineficiência nos projeto curricular, os quais deveriam contemplar como trabalhar as diversidades cognitivas em sala de aula. Rodrigues (2006, p.177) destaca que:

               Mecanismos funcionais do cognitivo das pessoas com deficiência,  consciência de suas próprias condições, conhecimentos pedagógicos e meta  cognitivos, desenvolvimento da capacidade de auto regularizar-se e de tomar  consciência das etapas do processo de ensino-aprendizagem;coerências entre  suas maneiras de ensinar, entre teorias e práticas,capacidade de ministrar as aulas de um mesmo conteúdo curricular a alunos de diferentes níveis de compreensão e desempenho acadêmicos, respeitando ao ritmo de aprender de  cada aluno, utilização    flexível dos instrumentos de avaliação desempenho escolar, adequando os a ecessidade do aluno.

       Assim como cada atividade deve contemplar os diversos métodos ao ensinar, a avaliação deva ter um elo no processo do mesmo, onde se avalia de forma geral, tendo como finalidade de fazerem levantamentos do progressos individual de cada aluno, (respeitando os diferentes níveis e suas dificuldades, sem comprometê-los na rentabilidade cognitiva de cada um) e observando as atividades desenvolvidas pelos mesmos, tendo como objetivo a verificar além do aprendizado, do acompanhamento de cada educando, a forma eficiente ou ineficiente da metodologia da prática do educador e assim possam dizer que é adotada a avaliação continua na busca do tão comentado e almejado anseio de meta a educação de qualidade. LDB (2006, Art.59) destaca que:   A oferta da Educação Especial é um dever do Estado e estão assegurados:
 I.Currículos, métodos, técnicas para atender suas necessidades;                                                                  
 II.Professores com especialização adequada em nível médio ou  superior, para atendimento especializado, bem como do ensino regular    capacitado para a integração       desses educandos as classes comuns.

       Há também um outro lado da inclusão de pessoas com necessidades Especiais que muitos pais destes vivenciam, devido viver numa sociedade iletrada, preconceituosa e de interpretação religiosa restrita contagiada de crendice popular juntamente com fanatismo, onde ouvem alguns dizerem que estão recebendo a maldição de até a terceira geração como penitencia de alguns erros de seus antepassados, além ainda de algumas pessoas fugirem acreditando que podem ser agredidas ou com medo da diferença por razões que talvez nem elas mesmas sabem e gerando assim em alguns destes pais desinformados a vários sentimentos, que os mesmo são descrito por: Lúcia - [et al.], (2006, p.123):  Os sentimentos enfrentados pela família diante de um filho deficiente como fator que pode interferir nos relacionamentos entre pais e filhos, já foram abordados em vários trabalhos realizados. Lefèbre (1981), Cunningham (1988)
                                      Regem (1992), fala em descrença, incerteza, hostilidade contra o mundo choque  perda e tristeza, depressão e até mesmo raiva, como sentimento apresentado pelos  pais diante de uma informação de que o filho apresenta algum quadro de deficiência mental. Além desses sentimentos, citam culpa, negação, inferioridade, questionamento de crenças religiosas, vergonha,  confusão e desejo de morte,     solidão desamparo e necessidade de culpar outras pessoas e até infanticídio.

           Não pode ignorar que mesmo muitos pais de crianças com necessidades Educacionais e Especiais, desconhecem como funciona o processo de ensino de seus filhos e por esta razão as escolas precisam de além de motivá-los também informá-los que alunos com certos tipos de dificuldades ou com necessidades Especiais, são providos de capacidades que podem aprender e desenvolver em qualquer tipo de conhecimento (seja este conhecimento sistematizado ou de seu cotidiano), alguns podem ser mais lentos, mas não incapazes e que a partir deste contexto as reuniões pedagógicas procurem envolver os pais diretamente nas escolas com palestra informativas rápidas e objetivas indo de inclusão a todas as necessidades da comunidade escolar externa contemplando a incentivação e orientação, de modo a que
eles também se responsabilizem pela escolarização dos seus filhos. Stainback ,(1999, p.425) descrevem que:
       Os pais devem reunir mesmo grau de influencia daqueles que se estão esforçando  para manter o status quo. Em outras palavras os que defensores  da inclusão devem tornar se muito forte em números e voz para poderem  contrapor se à mensagem   freqüente e enganosa transmitidas dos legisladores  elos provedores de serviços  segregados.

            As leis existem e a grande maioria do povo a desconhece, deixando assim de buscar seus direitos e gritar pelas as injustiças e descumprimento da mesma, assim juntos pais comunidade num todos estejam defendendo esta bandeira da inclusão, mas uma inclusão com preparação e organização desde a instituição os projetos escolares envolvendo a sociedade de forma que possam notar a importância de vencer a barreira do preconceito concebido durante muitas gerações, a descrenças de essas pessoas que tem necessidades especiais são capazes de aprender a viver em sociedade apesar de suas debilidades pode contribuir para o desenvolvimento de nossa sociedade ensinando-nos, muitas virtudes dentre elas a mais importante para uma sociedade humana que o amor incondicional entre os viventes.

4. ESTRATÉGIA PARA FACILITAR O CONTATO DE PAIS COM A ESCOLA

            A educação inicia na instituição familiar dando seqüência nas outras instituições como religião e principalmente na escola onde dá se continuidade a essa educação por alguns anos consecutivos na vida da criança e assim já nos primeiro ano educacional, começa a    compreender há limites em suas atitudes e cronometrar situações cotidianas na inter-relação com o tempo.
            Para que essa educação venha ter significado na vida criança é interessante que os pais compreendam esse processo e buscam fazer parte deste mundo novo de seu filho que é o “saber”, para que as crianças possam perceber a continuidade deste saber, esse que tem que ser significativo.
      Sendo os pais e a escola os principais protagonista do processo de ensino é de suma importância que os pais ao participem das primeiras reuniões busquem saber com seus questionamentos qual é a missões e metas da escola para poderem argumenta, dar sugestões exeqüíveis e também ver de que forma poderá contribuir para ajudar a escola, que esta possa ser cognitiva, (talentos hábeis para fazer alguma tarefa, palestra e outras) ou doação de tempo (como sendo amigo da escola, atribuir um determinado tempo para alguma atividade).
            Para que haja uma educação participativa eles precisam estar sempre contatos com a escola participando de todas as reuniões pedagógicas, nelas o corpo pedagógico deve relatar o desempenho cognitivo e atitudes dos educando, ser expostos pelo corpo administrativo da escola, quais os programas e recursos que a escola possui, Onde são gastos, esse dinheiro e também quanto à escola investe em programas educativos e quais são eles.
            Somente     assim   com   a  comunidade    escolar   externa    e   interna envolvida participativamente em prol de melhorias poderá haver uma eficiente escola inclusiva.

4.1    PARTICIPAÇÃO  DA    COMUNIDADE  NO COTIDIANO  DA INSTITUIÇÃO, POR MEIO DE PROJETOS.

            A participação da comunidade na vida cotidiana da escola, não pode ser uma simples manifestação retórica ou uma prática aberta a iniciativas aleatórias.
          Ela deve ser organizada formalmente, a partir de projetos específicos, que contenham objetivos claros, métodos e procedimentos que avaliem seus resultados e impactos para a formação dos alunos.
            A participação da comunidade escolar externa no cotidiano da instituição promove o senso de responsabilidade com a escola, bem como com o processo de educação das crianças, dos jovens e adultos nela residentes.
        Lembrando que a escola tem a função de analisar os conjuntos de necessidades da comunidade escolar, à luz das diretrizes e metas nelas para ela estabelecidas, direcionar o conjunto de ações educativas e acompanhar o cumprimento do projeto político – pedagógico.
            Sendo assim, é de grande importância que seja formada constituída, em toda escola tanto na comunidade interna como na externa, e que mesma deva elaborar projetos que visem alcançar e atender necessidades da família de seus alunos, possibilitando essa aproximação e favorecendo seu desenvolvimento.
            Esses projetos devem ter como objetivos atender necessidades mais freqüentes nas famílias de seus alunos, como por exemplo: capacidade para a geração de renda, capacidade para auto-gestão, capacidade para conhecimento da legislação e dentre outros.
                                                                                     
4.2              A EDUCAÇÃO DE QUALIDADE PARA TODOS.

         As escolas devem estar, em concordância com a legislação federal e com as legislações estaduais e municipais acerca da educação, assumir formalmente, como política educacional, a garantia para todos, do acesso ao conhecimento.
          Esta decisão é política e tem implicações práticas, tanto no ambiente financeiro, como no administrativo e no técnico-científico. Dada sua importância, deve ser submetida à aprovação do Conselho da Escola, providência que só pode fortalecê-la.
            O fato de o compromisso político estar explicitamente firmado junto ao conselho da escola, proporcionando maior direcionamento às ações da administração escolar.
        A existência de necessidades educacionais especiais para o acesso ao conhecimento, requer o oferecimento de resposta de vários tipos:
        - Disponibilidade do professor ou instrumento da língua de sinais, para o ensino de alunos surdos.
        - Disponibilidade do professor de braile para favorecer o ensino do aluno de alunos surdos.
        - Disponibilidade de equipamentos e materiais especiais para o ensino de alunos cegos (reglete, sorobã, livros didáticos em braile, máquina de datilografia m braile, computador, softwares especializados para deficiência visual, tais como leitores de tela).
        - Disponibilidade de equipamentos e materiais especiais para o ensino de alunos com baixa visão (lupa, livros didáticos com letras ampliadas, etc.).
        - Disponibilidade de equipamentos de informática e de softwares educacionais para o aluno com dificuldade de comunicação oral.
        - Disponibilidades de outros recursos didáticos para o ensino de alunos com dificuldade de comunicação oral (dicionários da língua brasileira de sinais LBS e outros).
        - Disponibilidade de equipamento de informática e de softwares educacionais para o ensino de alunos com dificuldades de aprendizagem.
        - Disponibilidade de mobília adaptada para os alunos com dificuldades motoras.
            A escola inclusiva que busque em sua filosofia a educação de qualidade deve se planejar gradativamente e implantar as adequações necessárias, para garantir o acesso de alunos com necessidades educacionais especiais à aprendizagem e ao conhecimento.
                          
 5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
            Este conhecimento da inclusão, especialmente a participação dos pais na escola inclusiva possibilita uma compreensão mais ampla a respeito dessa nova tendência educação inclusiva. Apesar de muito falarem nos bastidores educacionais sobre este tema, nota se ainda que os educadores tenham dificuldade de trabalharem com estas vertentes, seus efeitos parecem não terem chegado ainda às salas de aula como deveriam e contempla a legislação.
           Nota se que o trabalho escolar deve ir do conhecimento sistematizado, através de reuniões informativas para explicar que os alunos com necessidade especial ou educacional, não pode dizer de imprevisto que essas sejam uma doença (a menos que um especialista diagnostique e de um laudo com este parecer) e que eles são capazes de aprender desde que a escola respeite os ritmos e a capacidade produção de cada um com sua especificidade. “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesma, os homens se educam entre si, mediantizados pelo mundo”. Paulo Freire (1987 p. 68). Aqui o autor descreve veementemente a necessidade da diversidade para aprender com a interação.
            Os pais ao adentrarem numa escola inclusiva deparam com alguns fatores predominantes que podem desqualificar a inclusão sendo que          alguns destes estão centralizados no educador, como a resistência de alguns para a participação dos pais e a má formação. Mas diante deste cenário e outros que possam vir a ter , os pais de alunos com necessidades especiais e educacionais          insistem na superação destes desafios de rejeição, isto os torna mais fortes na defesa de seus direitos embasados na legalização de que “todos tenham acesso à educação de qualidade”, eles buscam a nclusão escola regular, ansioso que seus filhos aprendam no mínimo, a ler e escrever.
            Para que a escola possa desenvolver um trabalho de inclusão eficiente é  relevante que a escola forneça aos educadores procedimento como: adaptação do ambiente, materiais de apóio, orientação e que o ajude a contornar situações embaraçosas informando comoproceder de forma favorável ao sucesso do processo educativo.
            Desta forma espera se que este trabalho de pesquisa sirva para incentivar e estimular a participação dos pais na escola e assim despertando uma reflexão sobre a necessidade de aceitar as diferenças com igualdade de condições e também regatar o que foi significativo em nossa formação, enfim renovar sempre, na busca de maior responsabilidade para a prática pedagógica.
            Sabe se que a escola deve oferecer uma educação de qualidade e oportunizar o acesso do aluno nas dependências e também ao universo do saber, sendo assim fica explicito que esta pesquisa bibliográfica está servindo de experiência e reflexão se realmente a sociedade está preparada para tantas mudanças.
6.     REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIA BÁSICAS

ARANHA, Maria Salete Fábio, (Org). Educação Inclusiva. Brasília: Ministério da
Educação, Secretária de Educação, 2004.

BATISTA, Cristina Abranches Mota; MANTOAN, Maria Teresa Egler. Educação
Inclusiva: atendimento educacional especializado. Brasília, DF, MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO, SECRETARRIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL.

BENEZON, Rolando O. As pessoas portadoras de deficiência e nós. São Paulo - SP:
Paulinas, 2001. – (Coleção Conscientizar).

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 20 de dezembro de 1996 (Lei
9394/06).
FELTRIN, Antonio Efro. Inclusão social na escola: quando a pedagogia se encontra com
a diferença. – São Paulo - SP: Paulinas, 2004. – (Coleção pedagogia e educação).

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17a. ed. Rio de Janeiro - RJ, Paz e Terra, 1987.
________, Paulon Simone Mainieri, Ministério da Educação, Secretária de Educação
Especial, 2005.

RAMOS, Lúcia de Araújo - [et. al.]. INCLUSÂO: Compartilhando Saberes. RJ: Vozes.
REILY, Lúcia, Escola inclusiva: Linguagem e mediação. 2 ed. Campinas – SP: Papirus,
2004.
                                                                                          
RODRIGUES, David, KREBS, Ruy, FREITAS, Soraia Napolião. Educação inclusiva e
necessidades educacionais especiais. Santa Maria – RS: UFSM, 2005.

SANCHEZ, Pilar Arnaiz. A educação inclusiva: um meio de construir escolas para todos
no século XXII. v. 1, n. 1 (out. 2005) – Brasília: Secretária de Educação Especial, 2005.

STAINBACK, Susan e William Stainback. Um guia para educadores. Porto Alegre.
Artméd. 1999.

   7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIA SECUNDÁRIA

CAVALCANTE, Meire. A escola que é de todas as crianças. Nova Escola. São Paulo –
SP: Abril. Ano XX, No. 182. Maio de 2005. P. 40–45.

MAZZOTTA, Marcos J.S. Educação especial no Brasil: História e políticas públicas.
5.ed. São Paulo:Cortez,2005.

GENTILE, Paola Escola e Família: Todos aprendem com essa parceria. Nova Escola
São Paulo – SP: Abril. Ano XXI, No. 193, Junho/Julho de2006. P. 32-39

PAULA, Ana Rita de. A hora e a vez da família em uma sociedade inclusiva. São Paulo -
SP: Sorri – Brasil.

LUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens
qualitativas. São Paulo - SP: EPU, 1986.


[1]Pedagogo com especialização em Psicopedagogia e  Gestor Escolar/2010/Buritis-RO
[2]    Pedagoga com Especialização em Psicopedagogia e mestranda nas Ciências da Educação. Coordena na Rede Municipal de Buritis o Programa de Aceleração de Aprendizagem/2010.


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